A providência divina na fidelidade humana
TEXTO ÁUREO
“Eis que o nosso DEUS, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei".
(Dn 3.17)
VERDADE PRÁTICA
Se formos fiéis, a providência divina jamais faltará.
Objetivos da lição:
Analisar a tentativa de Nabucodonosor de instituir uma religião mundial.
Conscientizar-se de que não podemos aceitar a idolatria.
Compreender a fidelidade dos amigos de Daniel ante a fornalha ardente.
Introdução
A História narrada no capítulo três ocorreu possivelmente no final do reinado de Nabucodonosor. O texto é mais uma prova de que vale a pena ser fiel a Deus até mesmo quando somos desafiados em nossa fé. Nabucodonosor já havia se esquecido da manifestação do poder de Deus na revelação de seus sonhos (Dn 2.1-49). Tornou-se um déspota que exigia dos seus súditos um serviço irracional. No meio da multidão dos súditos, porém, estavam os três jovens hebreus, fiéis ao Deus de Israel, do qual não transigiram de modo algum.
I A TENTATIVA DE SE INSTITUIR UMA RELIGIÃO MUNDIAL
1. A grande estátua. Embriagado pelo poder e pelo fulgor de sua própria glória, o rei caldeu chegou ao ápice da presunção, não se contentando em ser apenas “a cabeça de ouro” da grande estátua do seu “primeiro sonho” (Dn 2.36-45). Nabucodonosor perdeu o bom senso e construiu uma enorme estátua de ouro maciço (Dn 3.1). Também ordenou que os representantes das nações, súditos seus, se ajoelhassem e adorassem a estátua que o representava.
A grande estátua de Nabucodonosor remete-nos a uma outra estátua que será erguida pelo império mundial gentílico, profetizado como o reino do Anticristo que aparecerá “no tempo do fim” (Ap 13.14,15)
2. A diferença entre as estátuas. É necessário destacar a diferença entre a estátua do capítulo dois e a do capítulo três de Daniel. Enquanto a estátua do capítulo dois era simbólica e apareceu no sonho de Nabucodonosor, a do capítulo três era literal, construída por ordem do rei caldeu. A estátua erigida tinha a forma de um obelisco que se revelava, segundo se supõe, a intenção vaidosa de Nabucodonosor em autodeificar-se (cf. Dn 4.30)
1. A grande estátua.
1. A grande estátua.
3. A inauguração da estátua de ouro. Com
o coração engrandecido, Nabucodonosor desejou ser adorado como deus (vv
1-5). Não lhe bastou a revelação que o único Deus verdadeiro triunfaria na
história (Dn
2.47). Ele preferiu exaltar a si mesmo e aos seus deuses. O objetivo era
escravizar todos os seus súditos e obrigá-los a servirem as divindades
caldeias. Ele queria uma religião totalitária em que as pessoas obedecem não
pela lealdade, mas pela força bruta (vv 5,6).A religião totalitária exige a lealdade das pessoas pela força. Não conquista os corações, mas obriga as consciências. As pessoas se dobram pelo medo, não por devoção. É a religião do terror, não do amor.
(Daniel o homem do céu - Hernandes Dias Lopes
II. O DESAFIO À IDOLATRIA.
1.A ordem do rei a todos os seus súditos. Nabucodonosor teve duas motivações principais para construir a grande estátua (v. 1). Uma das motivações era exibir-se perante os povos do mundo representados naquele evento. As dimensões e a magnitude da estátua eram impressionantes: Aproximadamente 27 metros de altura por 6 de largura. A soberba, arrogância e insolência do rei não tinham limites. A Bíblia diz que “a soberba precede a ruina” (Pv 16.18). A segunda motivação de Nabucodonosor era o anelo de ser adorado como divindade pelos seus súditos. Por isso, ele deu ordens para que todos os oficiais do reino se reunissem a fim de adorarem sua estátua (Dn 3.1-7)
2. A intenção do rei e o espírito do anticristo. A intenção de Nabucodonosor prenunciava o espírito do Anticristo, que levantará a imagem da besta fera para ser adorada no tempo do fim (Mt 4.8-10; Ap 13.11-17). A intenção do rei era impor a religião diabólica de sua imagem para dominar o mundo, não só nos campos material e político, mas também no espiritual.
3. Coragem para não fazer concessões. Os três jovens hebreus estavam naquele local por força da ordem do rei. Todos os grandes nomes do país, os chefes de governo, os sátrapas, os governadores das províncias, os sábios, os sacerdotes dos vários cultos pagãos, todos estavam lá. A ordem era que quando a música fosse tocada todos deveriam ajoelhar-se e adorar a estátua do rei. Quem não obedecesse seria lançado na fornalha de fogo ardente. Como sabemos, os três jovens hebreus preferiram morrer queimados a negar a fé no Deus de Israel (Dn 3.13-27).
III - A FIDELIDADE DE DEUS ANTE A FORNALHA ARDENTE.
1. Os jovens hebreus foram acusados e denunciados. O rei foi informado da desobediência dos judeus. Ele ficou enfurecido e mandou que eles fossem trazidos à sua presença. Os jovens hebreus foram interrogados, mas mantiveram sua fidelidade ao Deus de Israel. Eles não se intimidaram diante das ameaças, porque sabiam que Deus poderia intervir naquela situação.
2. A resposta corajosa dos jovens hebreus. Aqueles jovens sabiam que a fidelidade a Deus é algo inegociável. A lealdade desses jovens era mais que uma qualidade de caráter. Era uma confiança inabalável em Deus. A resposta resultava também do conhecimento que tinham do primeiro mandamento do decálogo (Ex 20.3-5). Deus busca homens e mulheres que lhe sejam fiéis mesmo quando ameaçados. Por isso, mesmo inquiridos pelo rei caldeu, Hananias, Misael e Azarias não se intimidaram e mantiveram sua posição (Dn 3.16-18).
A fidelidade incondicional não é uma barganha com Deus. Muitas vezes, nossa fidelidade a Deus nos levará à fornalha, à cova dos leões, à prisão, a sermos rejeitados pelo grupo, a sermos despedidos de uma empresa, a sermos rejeitados na escola. Nosso compromisso não é com o sucesso, mas com a fidelidade a Deus.
(Daniel o homem do céu - Hernandes Dias Lopes)
3. Reação à intimidação. Ao perguntar-lhes: “Quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (Dn 3.15), Nabucodonosor afrontou os jovens em sua fé. Eles não tiveram dúvidas que valia a pena permanecer fiéis ao Todo-Poderoso. Então, sem temor e com grande fé, responderam ao rei: “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses e nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3.1,18). Os três jovens não cederam às ameaças e não ficaram livres da fornalha, pois Deus já os esperava ali. A companhia do quarto homem visto pelo rei dentro da fornalha foi suficiente para que eles saíssem ilesos e sem um único fio de cabelo queimado.
Esta resposta dos jovens hebreus confronta a posição de muitos crentes de hoje. Quão facilmente cedemos e até negamos a fé, fugindo do caminho da provação. Todavia, Deus conta com crentes fiéis que sejam capazes de responder às ameaças sem temer.
CONCLUSÃO
É importante entender também, que nossa fé não pode se arrogante (V 17,18). Os três jovens dizem que Deus pode livrar, mas não dizem que o fará. Eles não são donos da agenda de Deus. Eles não dizem: “Eu não aceito isto”; “Eu rejeito aquilo”; “Eu repreendo o fogo”; “O rei está amarrado”. Eles não determinam o que Deus deve fazer. Nem sempre é da vontade de Deus livrar os seus filhos dos padecimentos e da morte. O patriarca Jó, no auge da sua dor gritou: “Ainda que Deus me mate, eu ainda confiarei nele” (Jó 13.15 ARA)
(Hernandes Dias Lopes. Daniel – um homem do céu)
Quando todos os recursos da terra
acabam, encontramos o livramento no quarto homem, ainda que em meio da fornalha
(v. 24,25). O livramento por intermédio do quarto Homem pode ser notado por
meio da:
1) presença; 2) preservação; 3) promoção.
Deus desce para estar conosco na hora de nossa maior aflição. Ele é Deus conosco nas provas, nos vales, na dor, na solidão, na perseguição, na doença, no luto, na fornalha, e na morte. Ele é o quarto Homem.O livramento no fogo é a estratégia de Deus. Quando somos fiéis a Deus, ele tem um encontro conosco na fornalha. Só temos duas escolhas: ou ficamos fora da fornalha com Nabucodonosor ou dentro dela com Cristo. O lugar do calor da prova é o mesmo lugar da comunhão íntima com Cristo.
1) presença; 2) preservação; 3) promoção.
Deus desce para estar conosco na hora de nossa maior aflição. Ele é Deus conosco nas provas, nos vales, na dor, na solidão, na perseguição, na doença, no luto, na fornalha, e na morte. Ele é o quarto Homem.O livramento no fogo é a estratégia de Deus. Quando somos fiéis a Deus, ele tem um encontro conosco na fornalha. Só temos duas escolhas: ou ficamos fora da fornalha com Nabucodonosor ou dentro dela com Cristo. O lugar do calor da prova é o mesmo lugar da comunhão íntima com Cristo.
(Stuart Olyott. Ouse ser firme. O livro de Daniel, p. 51 Hernandes Dias Lopes. Daniel – um homem do céu)
Deus é glorificado, e os servos
Deus promovidos, sempre que a igreja responde às pressões do mundo com uma
fidelidade inegociável.
(Hernandes Dias Lopes. Daniel – um homem do céu)
(Hernandes Dias Lopes. Daniel – um homem do céu)
É melhor ser morto prematuramente e
encontrar o reto juiz em paz que viver um pouco mais e encontrá-lo em terror.
(Stuart Olyott - Ouse ser firme. O livro de Daniel, p. 45)
(Stuart Olyott - Ouse ser firme. O livro de Daniel, p. 45)
A
grande lição que aprendemos com esse três jovens é que “eles confiaram suas
vidas a Deus e não se preocuparam com as consequências da fornalha”. Mesmo que
Deus não os impedissem de morrer queimados eles não negariam a fé! Que tenhamos
essa mesma fé para enfrentar as tribulações da vida.
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