A queda do império babilônico
Lição 6 - 09 de Novembro de 2014
TEXTO ÁUREO
" E te levantaste contra o Senhor do céu, {...} além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste".
(Dn 5:23
VERDADE PRÁTICA
Se nos rebelarmos contra o Soberano e Santo Deus, Ele nos abaterá.
INTRODUÇÃO
A lição desta semana mostra mais uma vez a soberania divina. Após a morte de Nabucodonosor, em 562 a.C., Evil-Merodaque, o seu filho, sucedeu-o ao trono babilônico. Entretanto, dois anos depois, Evil Merodaque foi assassinado pelo seu cunhado, Neriglissar. Mas quem assumiu o trono foi Nabonido, o genro de Nabucodonosor. Nabonido era o pai de Belsazar, o qual se tornou corregente com o seu pai, três anos mais tarde. Cruel, devasso e profanador do sagrado são adjetivos, ainda leves, para qualificar a Belsazar. Foi numa noite de festa, regada a muito vinho e prostituição, que o rei Belsazar viu o reino escapar da sua mão e teve sua morte decretada. O reino babilônico daria lugar ao Medo-Persa, representado pelo peito e braços de prata da estátua sonhada por Nabucodonosor.
I – O FESTIM PROFANO DE BELSAZAR
1. A zombaria de Belsazar (Dn 5. 1-4). O
rei Belsazar deu um banquete pata os maiorais do seu reino. A festa ocorreu no
palácio babilônico, mas ele não demonstrou nenhum escrúpulo com a religião
alheia, o judaísmo. Embriagado, o rei mandou vir os utensílios sagrados do
tempo de Jerusalém, trazidos como espólio de guerra por seu avô, Nabucodonosor,
para serem usados no banquete por ele oferecido. Homens corruptos e prostitutas
profanariam o sagrado. Uma orgia com o que era santo! Belsazar foi longe
demais, pois para satisfazer seus instintos baixos, frívolos e profanos,
escarneceu do Deus de Israel e do seu povo.
2. A insensatez e a crueldade do
autocrata Belsazar. Segundo os historiadores, enquanto o pai de
Belsazar, Nabonido, estava no campo de batalha para defender os interesses do
reino, ele, Belsazar, divertia-se com mulheres e amigos para satisfazer suas
paixões. O festim de Belsazar era incompatível com o período de enfraquecimento
do império da Babilônia. Habituado a ter tudo ao seu alcance, o rei não
hesitava em fazer sua vontade prevalecer, tanto para matar seus oponentes
quanto para se cercar de pessoas de sua estirpe. Belsazar era um homem cruel.
3. Uma festa profana. A
despeito da grandeza e da opulência imperial, a festa oferecida por Belsazar e
dedicada aos maiorais do reino, era um festejo degenerado, pois ia desde as
bebedeiras às orgias com homens e mulheres. Onde a luxúria, a riqueza e a
ostentação predominam, há prazeres pervertidos e maldades. Assim foi aquela
festa dedicada aos deuses babilônicos! Havia, a partir do palácio, uma forte
influência dos demônios, que confirmam o que disse Paulo aos crentes coríntios
(I Co
10.20).
II – O IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS
1. O dedo de deus escreve na parede
(Dn 5.5). A resposta divina foi imediata: Deus
interferiu naquela festa escrevendo sua sentença na parede do salão, diante dos
olhos de Belsazar e de todos os seus convivas. Ali, o barulho das taças e dos
jarros de vinho, bem como a “alegria” de outrora, cessaram. De modo assombroso
e assustador estava escrito a sentença contra o rei Belsazar e o seu reino.
Aquela visão demonstrava o fruto do desprezo do rei babilônico ao Deus de
Israel: o Reino da Babilônia foi rasgado. Fez-se um silêncio sepulcral no
recinto!
2. A rainha lembrou-se do profeta
Daniel (Dn 5. 6-12). A mensagem na parede estava numa linguagem
ininteligível (v7). No primeiro momento, ninguém compreendia o que estava
escrito. Belsazar convocou todos os sábios para decifrar o “enigma”.
Entretanto, eles foram incapazes de fazê-lo.
Quando ouviu as palavras de rei e
percebendo um movimento diferente no palácio, a rainha, filha de Nabucodonosor,
mãe do rei Belsazar, entrou na presença do seu filho para saber o que
acontecera. Após inteirar-se do assunto, a rainha lembrou-se de Daniel, um
homem de confiança tanto do seu pai quanto do seu marido. Ele podia interpretar
a mensagem que o rei vira. Mas Daniel não estava no palácio.
3. Daniel entra na presença de
Belsazar (Dn 5.13). Belsazar não via a Daniel como servo do Deus
Altíssimo, mas apenas como um dos sábios do palácio. A mãe de Belsazar,
contrariamente, o conhecia e tinha certeza que Daniel era uma pessoa diferente
e o seu Deus, Poderoso. Ela mesma havia testemunhado as proezas do Deus de
Israel em outras ocasiões da história daquele reino. Daniel era um homem que
não fazia concessões à sua fé. Ele
entrou na presença do rei e após lhe oferecerem presentes, o profeta
rejeitou-os diante do imperador (Dn 5.17).
III –A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR E A
QUEDA DE BABILÔNIA (Dn 5.22-28)
1. Os sábio não decifraram as
palavras escritas na parede (5-15). A
mensagem era curta e objetiva, mas as palavras eram desconhecidas dos sábios do
palácio e eles não puderam decifrá-la. Por isso Daniel é chamado, não pelo rei
Belsazar, mas por indicação de sua mãe, para desvendar-lhe o mistério. O
profeta Daniel tinha o Espírito Santo em sua vida, por isso, Deus o revelou o
significado daquelas palavras (Dn 5.10-12).
2. As quatro palavras “misteriosas”
(5.25)2. As palavras escritas na parede não foram
interpretadas pelos sábios do império. Estes não achavam o sentido delas.
Porém, sem medo e seguro, Daniel as interpretou. As duas primeiras palavras
estavam repetidas – MENE, MENE – e significavam “contar ou contado”. A palavra
TEQUEL tinha o sentido de “pesado”. A última palavra, PARSIM, significava
“dividido” (Dn 5.25). Para interpretar a mensagem Daniel usou o termo “PERES”,
palavra correlata de PARSIM. O sentido daquela é o mesmo desta.
Então, do versículo 26 ao 28, o profeta
explicou cada uma das palavras: “Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou
Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta.
PERES: Dividido foi o eu reino e dado aos Medos e aos Persas”.
3. O fim repentino do império
babilônico (vv.30-31). Naquela
noite fatídica Deus demonstrou a sua soberania sobre os reis da terra. Ele é o
Todo-Poderoso e tem o cetro do governo do mundo em suas mãos. Nada escapa aos
seus olhos. Tão logo foi dada a interpretação da mensagem e as honrarias feitas
a Daniel para ser o terceiro homem do império, o rei Belsazar foi morto e o
exército de Dario entrou na cidade da Babilônia. Os Medos e os Persas passariam a reinar no lugar
do império da Babilônia.
No capítulo cinco de Daniel, aprendemos a
lição de que não podemos nos fechar em nós mesmos. Deus não suporta uma vida de
egoísmo, soberba e perversidade. Não podemos profanar aquilo que o nosso Pai
consagrou como santo. Não sejamos profanos. Santifiquemo-nos a Deus com as
nossas vidas.
CONCLUSÃO
A
Opulência da Babilônia, a crueldade de Belsazar e as orgias do reino tipificam
uma vida tremendamente fechada em si mesma. A intervenção de Deus em meio
aquela festa profana demonstra que ele não admite a soberba e o egoísmo. O Pai
celestial, em Cristo Jesus, julgará a todos os que se mostram soberbos e
arrogantes. A queda do império babilônico é uma lição para todos nós. Um dia,
quando da gloriosa vinda de Jesus, todos os povos serão julgados pelo nosso
Senhor.
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