O PRENÚNCIO DO TEMPO DO FIM
Lição 9 - 30 de Novembro de 2014.
TEXTO ÁUREO
“E disse: Eis
que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se
exercerá no determinado tempo do fim” (Dn 8.19).
VERDADE PRÁTICA
O tempo do fim não
é o fim do mundo, mas o tempo de tratamento de Deus com o povo de Israel, prenunciando
a vinda de Cristo.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Daniel 8.1,3-11.
1 - No
ano terceiro do reinado do rei Belsazar, apareceu-me uma visão, a mim, Daniel,
depois daquela que me apareceu no princípio.
3 - E
levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual
tinha duas pontas; e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do que a
outra; e a mais alta subiu por último.
4 - Vi
que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o
meio-dia; e nenhuns animais podiam estar diante dele, nem havia quem pudesse
livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade e se engrandecia.
5 - E,
estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra,
mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha uma ponta notável entre os olhos;
6 - dirigiu-se
ao carneiro que tinha as duas pontas, ao qual eu tinha visto diante do rio; e
correu contra ele com todo o ímpeto da sua força.
7 - E
o vi chegar perto do carneiro, irritar-se contra ele; e feriu o carneiro e lhe
quebrou as duas pontas, pois não havia força no carneiro para parar diante
dele; e o lançou por terra e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o
carneiro da sua mão.
8 - E
o bode se engrandeceu em grande maneira; mas, estando na sua maior força,
aquela grande ponta foi quebrada; e subiram no seu lugar quatro também notáveis,
para os quatro ventos do céu.
9 - E
de uma delas saiu uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia,
e para o oriente, e para a terra formosa.
10 - E se engrandeceu até ao exército dos céus;
e a alguns do exército e das estrelas deitou por terra e os pisou.
11 - E se engrandeceu até ao príncipe do
exército; e por ele foi tirado o contínuo sacrifício, e o lugar do seu
santuário foi lançado por terra.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Tempo: Período contínuo no qual os eventos se
sucedem.
No capítulo sete,
Daniel tem a visão dos quatro animais, cada um destes representando um império
mundial. No capítulo oito, que estudaremos nesta lição, o profeta tem sua
segunda visão. Ele viu um carneiro lutando contra um bode. Na verdade, este
capítulo repete muito da predição do capítulo dois, e especialmente do capítulo
sete. Todavia, o capítulo oito acrescenta detalhes importantíssimos quanto aos
períodos medo-persa e grego.
I. A VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE (Dn 8.3-5)
1.
A visão do carneiro (Dn 8.3,4,20). Esse
carneiro simbolizava o império medo-persa (v.20). Segundo os historiadores, no
caso dos persas, os seus reis sempre levavam como emblema uma cabeça de
carneiro em ouro sobre a cabeça, principalmente quando passavam em revista os
seus exércitos. De acordo com a história, os medos haviam prevalecido na guerra
com a Babilônia. Dario foi o primeiro governante da união entre a Média e a
Pérsia. Porém, logo os persas prevaleceram em força e Ciro tornou-se o rei do
império.
O carneiro
identificado como o império medo-persa venceu e derrotou o império babilônico
quando Belsazar estava no poder. No mesmo dia em que Belsazar zombou de Deus ao
utilizar os utensílios sagrados do templo de Jerusalém, ele caiu nas mãos dos
medo-persas. Nota-se que há uma repetição do predito na visão do capítulo sete
sobre o segundo e o terceiro impérios, porém, Deus de maneira especial mostrou
a Daniel o que estaria fazendo no futuro desses impérios e com o próprio povo
de Israel.
2.
Os chifres do carneiro. Os dois
chifres do carneiro não eram iguais, pois um dos chifres era maior que o outro.
O maior representava Ciro, o persa (v.3) e o menor representava Dario, da
Média. Na cronologia histórica, Ciro sucedeu a Dario. Eventos importantes
aconteceram no período desses dois reis até que o carneiro foi vencido,
surgindo na visão de Daniel a figura de um bode que ataca o carneiro e o vence
(vv.5-7).
3. A visão do bode (Dn 8.5-8).
3.
A visão do bode (Dn 8.5-8). A figura do
bode, na mitologia do mundo de então, simbolizava o poder e a força. Na visão
de Daniel, o bode arremeteu contra o carneiro com muita força, ferindo-o e
quebrando os seus dois chifres. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal,
“o bode representava a Grécia, e seu grande chifre refere-se a Alexandre, o
Grande (8.21)”. O carneiro foi totalmente dominado e humilhado. Seus dois
chifres foram quebrados e, após isso, ainda foi pisoteado sem compaixão pelo
bode. Foi uma profecia de completa sujeição e derrota do império medo-persa
pelos gregos.
Nos versículos oito
e nove, a “ponta notável” se quebra e surge em seu lugar quatro outras pontas
(ou chifres). Esses quatro chifres menores representam os quatro generais que
assumiram o império grego depois da morte de Alexandre, o Grande.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A
visão do bode e do carneiro refere-se respectivamente aos impérios medo-persa e
grego.
II. O CHIFRE PEQUENO (Dn 8.9)
1.
A visão da ponta pequena. Na visão do
profeta Daniel, surge de uma das quatro pontas notáveis, “uma ponta mui
pequena” (v.9). Daniel percebeu que esta “ponta pequena” cresceu muito,
especialmente direcionada para a “terra formosa”, Israel. Essa “ponta pequena”
refere-se a Antíoco Epifânio que tornou-se um opressor terrível contra os
judeus. Ele surgiu da partilha do império de Alexandre e a ele coube o domínio
da Síria, Ásia Menor e Babilônia.
2.
A ultrajante atividade desse rei contra Israel (Dn 8.10,11). Os versículos dez e onze falam das ações
ultrajantes do “pequeno chifre” contra o povo de Deus, profanando o santuário
de Israel e tentando acabar com o “sacrifício contínuo” que Israel fazia ao
Senhor.
3.
A purificação do santuário (Dn 8.14). Segundo
a história, a purificação do santuário ocorreu três anos e dois meses depois de
o altar do Senhor ter sido removido por Antíoco. Deus é bom e misericordioso.
Mesmo seu povo sendo infiel, Ele iria purificá-los e restaurá-los.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O
chifre pequeno de Daniel 8.9 refere-se à Antíoco Epifânio, um opressor cruel e
terrível contra Israel.
1.
Antíoco Epifânio. Por ora basta dizer que este
foi um rei da dinastia Selêucida (Babilônia e Síria) que perseguiu os judeus de
Jerusalém e da Judeia. Trata-se do rei de cara feroz descrito no versículo
vinte e três. Este monarca cometeu tantas atrocidades contra o povo de Deus,
que muitos o veem como um tipo do Anticristo.
2.
A visão do anjo Gabriel (Dn 8.16). O
“Gabriel” mencionado no versículo dezesseis é um anjo que o Senhor enviou com o
propósito de explicar a Daniel a visão. Esse mesmo Gabriel também foi enviado a
Zacarias e, igualmente, a Maria, para anunciar o nascimento de Jesus (Lc
1.1-38). Como veremos, no capítulo nove ele aparece novamente a Daniel.
3.
O tempo do fim (Dn 8.17). Segundo a Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal, “o fim do tempo”, neste caso é uma alusão a
todo o período entre o final do exílio e a segunda vinda de Cristo. Os
governantes e impérios vistos por Daniel no capítulo oito já não existem mais.
Homens como Alexandre e Epifânio morreram e seus impérios chegaram ao fim, pois
os reinos deste mundo são efêmeros. Somente um reino nunca terá fim — o reino
do Messias: “O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o
céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno,
e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn 7.27).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Por
perseguir os judeus em Jerusalém e na Judeia, por cometer tantas atrocidades
contra o povo de Deus, Antíoco Epifânio é considerado por muitos estudiosos um
tipo do Anticristo.
CONCLUSÃO
Deus é soberano e a
história do mundo faz parte dos seus desígnios. Ele conhece toda a história,
começo e fim. O futuro do homem e do mundo está sob o olhar do Altíssimo.
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